sexta-feira, 10 de junho de 2016

Puerpério

Puerpério

O pós parto ou puerpério é o período de retorno da mulher à sua fisiologia normal. Prolonga-se até cerca da 6ª/8ª semana, observando-se modificações que incidem sobre:
  • Involução dos orgãos sexuais reprodutivos;
  • Inicio da lactação e amamentação;
  • Recuperação física e alterações psíquicas.
As principais alterações são:Involução uterina

No decorrer do puerpério, o útero retorna ao seu tamanho e posição inicial. Este retorno é gradual e facilitado por:
  • Trabalho de parto e parto sem complicações;
  • Expulsão completa dos produtos de concepção;
  • Aleitamento materno (a amamentação estimula a contracção uterina, contribuindo para que o útero regresse ao seu tamanho, mais rapidamente. Durante a amamentação podem ocorrer, contracções uterinas e serem dolorosas);
  • Levante precoce;
  • Exercícios de recuperação puerperal; 
  

Depressão

A tristeza dos primeiros dias pode ocorrer, é natural que a mulher se sinta debilitada, deprimida e emocionalmente instável. Pensa-se que poderá dever-se a alterações hormonais. Algumas mulheres desenvolvem uma depressão pós-parto, em qualquer altura no 1º ano pós-parto.

 Poderá surgir-lhe:


  • Vontade chorar e abatimento;
  • Irritabilidade;
  • Incapacidade de concentração e perda memória;
  • Perda noção do tempo;
  • Sensação incapacidade;
  • Medos em relação à sua saúde e à do bebé;
  • Vigília permanente, energia ou actividade doentia;
  • Desinteresse sexual;
  • Indiferença, ou mesmo negligência em relação ao bebé. 

  • Se sente algum destes sintomas, peça ajuda ao seu companheiro, fale com o seu médico de família. A depressão é uma doença como outra qualquer e necessita de ser tratada.

    Lóquios

    São as perdas vaginais constituídas por secreções uterinas e vaginais, sangue e revestimento uterino. As puérperas devem ter em atenção as características das percas que evoluem ao longo do puérperio:
    • a cor varia de vermelho vivo, para uma cor cada vez mais clara;
    • a quantidade vai reduzindo até ao desaparecimento, sensivelmente à 3º semana pós-parto;
    • qualquer cheiro anormal deverá ser comunicado ao médico.
    Períneo e episiotomia

    Nos cuidados perineais é importante:
    • Manter a área limpa e seca;
    • Eliminar o odor;
    • Promover a cicatrização e conforto;
    • Higiene cuidada e eficiente, o que evita possíveis infecções;
    • Se tiver edema, inchaço - aplique gelo envolto numa toalha cerca de 10 min, repetir várias vezes se necessário.
    Deverá:
    • Proceder à mudança do penso higiénico com frequência;
    • Não usar tampões;
    • Contrair o períneo quando tosse ou espirra para evitar repuxamentos;
    • Usar roupa de algodão, confortável;
    • Para reduzir a dor pode sentar-se em cima de uma almofada com buraco, ou no centro de duas almofadas. 
    Eliminação Vesical

    Os líquidos retidos durante a gravidez serão eliminados durante este período. É importante a ingestão de líquidos e esvaziar a bexiga regularmente de forma a prevenir infecções urinárias. Pode ocorrer perda involuntária de urina ao rir ou tossir, se tal acontecer faça os exercícios de ginástica Pós-parto, se mesmo assim o problema persistir fale com o seu médico na consulta de revisão de parto.

    Eliminação Intestinal

    Geralmente os intestinos voltam a funcionar ao 3º dia pós parto. É frequente a ocorrência de obstipação nas 2 ou 3 semanas após o parto, principalmente devido á falta de líquidos e à retracção da mulher por dor na zona perineal. Para evitá-lo deve ingerir líquidos, e fazer uma alimentação cuidada, rica em frutas, fibras e legumes.

    Actividade Sexual / Contracepção

    Para dar início à actividade sexual, é conveniente aguardar cerca de 3 a 4 semanas, afim de permitir a cicatrização da episiotomia, e evitar infecções vaginais.
    No entanto, é a puérpera, que deverá tomar a decisão quando recomeçar a sua actividade sexual, contudo o aspecto psicológico tem também grande influência; esta situação terá que ser partilhada em conjunto pelo casal, pois poderá manter-se uma relação de afectividade e amor sem dar logo inicio à actividade sexual.

    GINÁSTICA PÓS-PARTO

    Pode começar estes exercícios sob as recomendações do seu médico 15 dias após o parto, mas devem ser feitos moderadamente.


    Sente-se, com as pernas flectidas e ligeiramente afastadas e os braços dobrados à sua frente.


    Expire, inclinando levemente a pélvis para a frente. A pouco e pouco, dobre-se para trás até sentir os músculos do estômago firmes. Aguente essa posição o máximo de tempo que conseguir, respirando normalmente. Depois inspire e endireite-se.


    Deite-se de costas no chão, com os joelhos dobrados e os pés afastados. Repouse as mãos sobre as coxas. Expire e levante a cabeça e os ombros, esticando-se para a frente até tocar os joelhos com as mãos. Não se preocupe se, a princípio, não o conseguir fazer, é uma questão de prática. Inspire e descontraia-se.

    (Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)

    Tipos de Parto

    Tipos de Parto


    PARTO NORMAL

    A expulsão do bebé ocorre somente com a pressão que as paredes do útero exercem sobre o mesmo. Normalmente, num parto normal, é realizada a episiotomia, que consiste num corte cirúrgico feito na região perineal para auxiliar a saída do bebé e evitar ruptura dos tecidos perineais. A sutura é feita imediatamente após o parto, cicatrizando em poucos dias. Na maior parte dos casos, é necessário dar alguma anestesia para diminuir as dores e garantir a segurança da mãe e do bebé.



    FÓRCEPS

    O que é?

    Trata-se de um dispositivo metálico semelhante às colheres utilizadas para servir uma salada que se aplica sobre as laterais da cabeça do feto e que permite, mediante suaves manobras de rotação e extracção, auxiliar a saída do bebé. Graças à sua forma curva, "abraça" a cabecinha do bebé, mas sem a comprimir demasiado.

    Quando se Emprega?

    A cabeça do bebé deve atravessar o canal de parto. Para vencer a resistência das partes flexíveis da pélvis cujo diâmetro é menor do que a cabecinha, é necessário que a mulher puxe, ou seja, que contraia o músculo uterino e a parede abdominal. No entanto, em determinadas ocasiões esta operação não é suficiente para vencer a resistência pélvica. Neste caso, existem duas maneiras principais para ajudar a extrair o feto. Uma delas é o fórceps e a ventosa, aplicados sobre a sua cabeça para facilitar a passagem através do canal de parto. A segunda é a cesariana, operação que permite retirar o bebé mediante uma incisão no abdómen materno. Em qualquer destes casos, converte-se num verdadeiro aliado que permite a extracção rápida do bebé, diminuindo os tempos e evitando assim que a sua saúde se veja comprometida. Emprega-se, isso sim, somente quando a mulher já conseguiu uma dilatação completa e a cabeça do bebé está bem encaixada dentro da pélvis, de maneira que seja possível distingui-la com um simples olhar.

    Quando se utiliza?

    O fórceps só se utiliza em determinadas situações:
    • Quando a colocação da cabeça do bebé na pélvis é inadequada;
    • Quando a mãe está exausta de tanto puxar e não consegue a expulsão do bebé. Quando, devido a um período expulsivo.
    Como se utiliza?

    A mulher permanece deitada na marquesa de partos, com as pernas nos estribos. Geralmente, pratica-se primeiro uma episiotomia e depois coloca-se o fórceps. Os dois ramos do fórceps "abraçam" a cabeça do bebé, protegendo-a da pressão que suportava no canal de parto. Mediante suaves manobras de rotação e tracção, o obstetra ajuda a extrair a cabecinha.



    CESARIANA

    Quando e porquê?

    Chama-se cesariana ao parto cirúrgico do bebé através de uma incisão no abdómen e no útero. Sem dúvida, a maioria das mães optaria por um parto vaginal, mas seguramente todas concordariam que ter um filho saudável é mais importante que a forma como acaba a gravidez. A cesariana conseguiu diminuir notavelmente a mortalidade das mães e dos bebés, antes ou durante o trabalho de parto, mas, para alcançar um maior grau de compromisso com a decisão, é aconselhável que a mulher saiba quais são os motivos que tornam necessário este procedimento.





    Como se realiza?

    A grávida é transferida para a sala de operações – ou para uma sala de partos que possa converter-se em sala de operações. Depois, coloca-se um catéter na bexiga para drenar a urina durante a cirurgia, e uma agulha numa veia do braço (geralmente na prega do antebraço), por onde passará o soro e outros fármacos que sejam necessários. Após a desinfecção da parede abdominal, realiza-se uma incisão por cima do velo púbico (incisão de Pfannestiel), ou em forma vertical, desde o umbigo até ao limite do velo púbico (incisão mediana infra-umbilical). A segunda incisão realiza-se no segmento do útero, logo acima do colo do útero. Depois, mediante uma pinça ou simplesmente com o dedo, rompe-se a bolsa e extrai-se o bebé. Nesse momento, a mamã poderá sentir o anestesista e o obstetra a empurrar o abdómen para facilitar a saída da cabecinha ou a pélvis em caso de apresentação pélvica. Depois extrai-se a placenta e sutura-se o útero e a incisão no abdómen. A intervenção demora aproximadamente 30 a 60 minutos. Se a saúde do bebé o permite, a mamã terá oportunidade de pegar-lhe e beijá-lo tal como se tivesse nascido de parto vaginal. Embora dependa da política de cada instituição, é frequente que o pai possa assistir pelo menos ao nascimento do seu filho. Depois, juntamente com o bebé e o neonatologista, poderá entrar na sala de recepção do recém-nascido.



    Indicações mais frequentes:

    • Prolapso do cordão umbilical (o cordão umbilical aparece na vagina);
    • Sangramento da placenta;
    • Anormalidades estruturais da pélvis (traumatismos anteriores);
    • Apresentações fetais não cefálicas;
    • Afectação da saúde materna (diabetes, infecções, cardiopatias, hipertensão arterial);
    • Distócia (um parto difícil, ou uma desproporção entre o tamanho do bebé e o tamanho da pélvis);
    • Alteração da frequência cardíaca fetal que façam suspeitar que a condição do bebé não é boa.

    (Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)

    O Parto

    O Parto
    SINAIS DE PARTO

    São três os sinais indicadores de que o trabalho de parto se irá iniciar:
    • Perda do rolhão mucoso;
    • Contracções uterinas dolorosas e rítmicas;
    • Rotura das membranas (bolsa de água).

    Perda do rolhão mucoso:

    Protege o colo de útero evitando infecções no bebé. O rolhão mucoso é parecido com um corrimento gelatinoso, rosado escuro ou raiado de sangue vivo. Só é libertado quando o colo de útero começa a dilatar, indicando que o tempo de gravidez está a terminar.

    Contracções uterinas dolorosas e rítmicas:

    No início são dores semelhantes às provocadas pela menstruação que posteriormente vão aumentando de intensidade e duração. O abdómen na contracção fica duro e quando esta passa volta ao normal.

    Ruptura de membranas:

    O saco cheio de líquidos onde o bebé se encontra protegido durante a gravidez rompe-se. Pode sair numa golfada ou pouco a pouco, conforme o tamanho da ruptura. De qualquer modo é uma situação para recorrer à urgência num prazo máximo de 1.30 h.


    FASES DO PARTO

    1 - Dilatação Cervival

    Esta etapa costuma ser a mais longa e pode durar aproxidamente de 8h a 20 horas se for a primeira gravidez, ou de 5 a 14 horas, se já tiver tido outros filhos. O período inicial ou período lactente começa com o início das contracções regulares e o colo está aproximadamente com 3 centímetros. As contracções duram cerca de 30 segundos e podem acontecer a cada 10 a 20 minutos desde que acaba até o início da próxima, e o útero relaxa entre cada contracção.

    O trabalho de parto activo começa quando o colo já está dilatado 3cm e termina quando a dilatação atinge os 10 cm. O colo está amolecido por completo ou quase por completo. As contracções são mais fortes e podem durar mais tempo (30 a 60 segundos) e acontecem aproximadamente a cada três minutos.

    A bolsa de água pode-se romper a qualquer momento durante o trabalho de parto. A água sairá como um jacto, ou também poderá sair em pequenas quantidades através da vagina. Exames vaginais também podem ser feitos durante o parto para determinar se o colo diminuiu de comprimento ou dilatou. Em qualquer momento durante o trabalho de parto é provável que sinta frio ou calor extremos, irritabilidade, tremores no braço, vómitos e diarreia.

    Ao terminar o período activo do trabalho de parto, existe um outro conhecido como período de transição, em que o colo dilata dos 7-8 cm para os 10 cm. É possível que você se sinta quase fora de controlo, como se estivesse numa nuvem de sensações intensas. Agora é ainda mais importante relaxar. Ficar tensa e lutar com cada contracção só atrasará o parto e adeixá-la-à bastante cansada. Entretanto pode ser que sinta um impulso para fazer força de forma incontrolável. Se sentir esse impulso avise o médico ou enfermeira.


    2 - Período Expulsivo

    Esta etapa do parto começa quando o colo está dilatado os 10 cm e termina com a saída do bebé. Se este é o seu primeiro bebé esta fase pode durar de 1 a 2 horas. Se já teve outros partos esta etapa pode durar de 15 a 60 minutos. O período expulsivo é a parte mais cansativa e exigente do parto, mas é também um tempo excitante com muitos elogios e incentivo pelo seu esforço. Será aconselhada a fazer força a cada contracção para poder mover o bebé para baixo e para fora do canal de parto (vagina). A episiotomia às vezes é necessária. É uma incisão (corte) feita no períneo (região entre a vagina e o recto). A episiotomia aumenta a abertura vaginal para facilitar a saída do bebé, mas nem sempre é necessária, sendo uma opção no momento do parto.


    Quando a cabeça do bebé começa a sair, o seu médico ou enfermeiro poderá pedir-lhe para parar de fazer força, nesse momento. Poderá ser necessário aspirar o excesso de líquido amniótico nas narinas e boca do bebé. Este é um momento muito excitante e intenso. Já sabe que o seu bebé está quase a nascer e sentirá vontade de fazer mais força para que o parto termine o mais rápido possível. Espere até que seja orientada sobre o melhor momento para fazer força e assim ajuda o seu útero no trabalho final. Muitos bebés começam a chorar sozinhos, logo que complete a saída total do seu corpo e nesse momento poderá vê-lo e segurá-lo.



    3 - Dequitadura

    A última etapa começa depois do parto e finaliza com a expulsão da placenta (Dequitadura) o que normalmente acontece dentro de 5 a 30 minutos. Continuará a ter contracções durante esta etapa e podem pedir-lhe que faça força para facilitar a expulsão. O médico ou a enfermeira examinará a placenta para garantir que foi expulsa completamente. Depois da expulsão da placenta a episiotomia será suturada (cosida).



    (Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)

    Hábitos de Higiene

    Hábitos de Higiene


    HIGIENE ORAL

    As variações hormonais próprias da gravidez fazem com que as suas gengivas, em presença de factores irritantes (restos de alimentos e bactérias), fiquem mais facilmente inflamadas, inchadas e com tendência para sangrar. Por outro lado há uma maior acidez na boca e por isso se os dentes não forem bem lavados mais facilmente se podem estragar. Para evitar esta situação, deve ter ainda mais cuidado com a sua higiene oral.

    Deve também ter em atenção que os alimentos açúcarados são muito prejudiciais para os seus dentes porque as bactérias que estão constantemente na boca transformam o açúcar em ácido, o qual destrói os dentes. Os alimentos com alto teor em cálcio são os mais recomendados (ex: queijo, leite, peixe, fruta e legumes).
    Para evitar o aparecimento de doenças da boca e dos dentes deve:
    • Escovar os dentes cuidadosamente, pelo menos após o pequeno-almoço e antes de se deitar;
    • Usar uma escova de dureza macia ou média;
    • Utilizar uma pasta de dentes com FLÚOR;
    • Evitar consumo de alimentos açucarados especialmente no intervalo das refeições (se o fizer, escove os dentes logo de seguida ou, pelo menos, bocheche vigorosamente com água).
     
    Consulte o seu médico dentista. A melhor altura para tratar dos dentes é entre o 3º e o 5º mês de gravidez.


    HIGIENE CORPORAL

    Recomenda-se um duche diário a uma temperatura que não exceda os 37ºC e que não se prolongue para além dos dez minutos. Devem utilizar-se toalhas e esponjas pessoais.
     Ao 7º mês deve evitar tomar banho de imersão, tomando apenas de chuveiro. Especial atenção com os órgãos genitais.

    Deverá lavar-se cuidadosamente de manhã e à noite utilizando sabão antialérgico. Não deve fazer irrigações vaginais;

    Deve fazer a sua higiene das mamas e mamilos, utilizando sabão neutro (ex: glicerina), creme hidratante (ex: creme gordo);

    Para evitar o aparecimento de estrias, deve ser evitado o aumento brusco de peso e tentar melhorar a circulação sanguínea.

    Aconselha-se a utilização de um desodorizante suave, devido ao trabalho intensivo das glândulas sudoríparas e por conseguinte, ao aumento da transpiração e activação do odor.

    VESTUÁRIO

    Assim que observe alterações no seu corpo, que coincide com 3º mês de gravidez, use roupa para grávida. Para melhor conforto use roupas largas, leves e de algodão junto à pele.
     Será conveniente usar:
    • Um bom soutien, com alças largas e tira elástica alta e apoios laterais, pois ajuda a sustentação dos seios;
    • Cinta, tipo faixa abdominal, ajudará os músculos a suportar o peso da barriga e a suster a parte inferior das costas (especialmente a partir do 2º trimestre). Não deve apertar as coxas nem o estômago;
    • O calçado deve ser o mais confortável possível. Não deve ser completamente raso nem ter salto alto, de modo ajudar a manter a estabilidade e uma boa postura, além de garantir o apoio necessário aos pés.
    Pode usar meias de descanso que proporcionam uma melhor circulação, prevenindo o aparecimento de varizes.


    PELE E CABELOS

    Em muitos casos, há melhoria da textura e do aspecto da pele do rosto, que adquire um “brilho” saudável. Por outro lado, há mulheres que notam manchas de pigmentação mais escuras na pele do rosto, devendo-se às alterações hormonais da gravidez.

    Algumas mulheres notam o aparecimento de uma linha escura no abdómen, que desaparece após o parto.

  • Evite exposição prolongadas ao sol e use um bom protector solar;
  • Use um creme hidratante que deve ser aplicado de manhã e à noite O cabelo pode mudar, podendo ficar mais espesso, ou mesmo mais fino. Algumas semanas após o parto, pode cair em grande proporção. Em breve voltará ao normal;
  • Lave os cabelos sempre que necessário com um champô suave;
  • Escove-o regularmente. 
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    HIGIENE POSTURAL
    • Manter um adequado alinhamento do corpo, evitando curvas acentuadas da coluna;
    • Manter uma inclinação mínima da região pélvica para a frente;
    • Prevenir quedas;
    • Quando for necessário curvar-se ou erguer algo do chão, deverá “agachar-se”, flectindo os joelhos, mantendo a coluna direita e os pés bem separados.
    (Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)

    Hábitos de Eliminação

    Hábitos de Eliminação
    POLIÚRIA

    O que é?

    É um dos transtornos mais frequentes durante a gravidez, e manifesta-se por micções frequentes devido ao aumento da quantidade de urina na bexiga.

    Causas:

    O útero, no início da gravidez exerce pressão sobre a bexiga, fazendo com que haja menor capacidade na retenção de urina. Esta situação é agravada pelo facto de haver durante a gravidez, um aumento da produção de urina. Logo, estas duas situações vão fazer com que a grávida urine mais vezes por dia. 
     
    No 3º trimestre esta situação volta a repetir-se, devido ao peso que o útero exerce sobre a bexiga, podendo ocorrer perdas insignificantes de urina.


        
        
    1.º Trimestre
      3.º Trimestre


    Atenção: No caso de ocorrer aumento do número de micções, sendo a quantidade de urina por cada micção, baixa, ou seja, urinar às “pinguinhas” (polaquiúria) e ardor ao urinar, pode haver um caso de infecção urinária. Se ocorrerem alguns destes sintomas, consulte o seu médico assistente

    O que fazer?
    • Ir à casa de banho sempre que necessário;
    • Beber líquidos nos intervalos das refeições.


    OBSTIPAÇÃO

    O que é?

    É a dificuldade em evacuar (prisão de ventre). Ocorre quando o intestino evacua menos vezes que o normal,tornado-se as as fezes mais duras e secas.

    Causas:

    Aparece devido a uma alteração hormonal, que reduz os movimentos efectuados pelo intestino (movimentos peristálticos), provocando um aumento da reabsorção da água, o que origina fezes mais duras. Também pode surgir devido ao aumento de volume do útero que comprime o intestino.
     
    O que fazer?

    • Educar o intestino, procurando evacuar a horas certas;
    • Fazer uma alimentação rica em fibras (farelos, fruta crua e vegetais);
    • Ingerir diariamente muita água;
    • Fazer exercício físico (marcha);
    • Ingerir uma bebida quente, tal como chá de limão, meia hora antes do pequeno-almoço (ajuda a estimular o intestino);
    • Não tome qualquer medicação laxante durante a gravidez, que não tenha sido prescrita pelo médico.


    (Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)

    Diagnóstico Pré-Natal

    Diagnóstico Pré-Natal



    DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL

    O contínuo desenvolvimento de algumas técnicas da genética, da biologia molecular e de exames intra uterinos permite obter cada vez mais informação sobre o desenvolvimento do feto. Todas estas tecnologias permitem um conjunto de procedimentos que levam ao Diagnóstico Pré-natal (DPN).
    Um exame para diagnóstico pré-natal invasivo, como por exemplo a AMNIOCENTESE exige uma consulta específica prévia para avaliar a utilidade do exame, limitações, riscos inerentes, e um consentimento informado e assinado pela grávida. O DPN é uma opção do casal e deve ser abordado principalmente nas seguintes situações:
    • Idade materna avançada (igual ou superior a 35 anos);
    • Gravidez anterior com anomalia;
    • Anomalias detectadas por ecografia;
    • Progenitor com doença cromossómica;
    • Criança anterior com doença genética, etc.
    Amniocentese é um procedimento invasivo, em que uma agulha passa pelo abdómen da grávida para a cavidade amniótica para recolher uma porção de líquido. É realizado preferencialmente entre as 14 e 16 semanas de gestação. O principal objectivo é saber se o bebé sofre de alguma doença cromossómica como por exemplo a trissomia 21 vulgarmente designada por Mongolismo.
    É sempre realizado sob controlo de ecografia, para verificação da idade gestacional, a posição do feto e a da placenta e para determinar se existe líquido em quantidade suficiente para realizar o exame. Como qualquer procedimento invasivo, a amniocentese acarreta alguns riscos. O aumento de risco existente à data da amniocentese é de 0,5 % acima da taxa de aborto para essa idade gestacional. O resultado do exame só é possível 2 a 3 semanas após a colheita (tempo necessário à colheita das células).

    (Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)

    Doenças Infecto-Contagiosas e Hábitos Nocivos

    Doenças Infecto-Contagiosas & Hábitos Nocivos

    DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
    Rubéola

    A Rubéola é uma doença infecciosa e contagiosa. Se ja teve esta doença, fica definitivamente imunizada e deixa de haver perigo para um novo contágio. Nos primeiros meses de gravidez esta doença pode provocar malformação ao feto, podendo ser muito grave. Para detectar se está imunizada faz-se análises da rubéola. A vacina nesta altura não é possível administrar pois pode afectar o feto


    Varicela

    A varicela é uma doença infantil bastante inofensiva, porém se estiver grávida e for contagiada poderão daí advir efeitos nocivos tanto para a mãe como para o bebé caso a doença não seja prontamente tratada. A varicela pode constituir uma ameaça séria para a criança se a mãe a contraír um pouco antes do parto ou se a criança a contraír pouco tempo depois de nascer. 


      

    Toxoplasmose

    Esta infecção é causada por parasitas. A fonte de infecção mais comum é a ingestão de carne de porco ou de borrego crua ou mal passada. Também os gatos são focos infecciosos importantes, pois os toxoplasmas alojam-se no seu intestino. Os sintomas da toxoplasmose no adulto são em geral inofensivos, mas uma infecção no início da gravidez pode resultar num aborto, no parto de um nado-morto ou em deficiências mentais. O seu médico poderá confirmar se possui anticorpos contra a toxoplasmose através de análises de rotina ao sangue.


    Citamegalovírus

    É um tipo de vírus do Herpes bastante vulgar. Mais de 80% da população possui no sangue anticorpos contra este vírus. Assim, o risco de uma primeira infecção para a mulher grávida é reduzido, mas se houver contágio o vírus pode ser transmitido à criança, provocando atraso do crescimento intra-uterino e malformações congénitas, tanto mais graves quanto mais cedo se der a infecção.
    SIDA

    A SIDA (Sindroma da Imunodeficiência Adquirida) é provocada pelo vírus HIV. Este destrói o sistema imunitário e, normalmente ao fim de alguns anos, abre caminho a uma série de doenças sobre a designação de SIDA. Se uma grávida for portadora do vírus HIV, probabilidade de que o bebé também o venha a ser é de mais ou menos 10%, desde que cumpra a terapêutica adequada. Uma vez que o vírus da SIDA pode ser transmitido à criança através do leite materno, a Organização Mundial de Saúde recomenda às mães seropositivas que vivam em países industrializados que não amamentem. 
     

    HÁBITOS NOCIVOS

     TabacoO tabaco é perigoso para si e para o seu bebé. Os efeitos negativos do tabaco sobre a saúde são amplamente conhecidos. Os fumadores correm um risco maior de vir a morrer de cancro de pulmão ou enfarte cardíaco do que os não fumadores.

    As crianças filhas de mães fumadoras podem:
    • Nascer mais pequenas ( com baixo peso);
    • Ter um desenvolvimento mais lento;
    • Ter maior tendência para doenças do aparelho respiratório;
    • Morte súbita do bebé.
    Pode ainda ocorrer aborto, nascimento prematuro ou parto de nado-morto. Quando mais cedo largar o tabaco, tanto melhor para o seu bebé. Tente também convencer o seu parceiro a deixar de fumar ou, pelo menos, a não fumar na sua presença, para que após o nascimento o seu bebé não se torne também um fumador passivo. Se não conseguir de todo deixar de fumar, tente pelo menos reduzir tanto quanto possível.

    Sugestões para deixar de fumar:
    • Em vez de pegar num cigarro, faça qualquer coisa que lhe dê prazer e que a distraia. Dê um passeio, coma uma maçã, beba um copo de sumo ou acenda a televisão;
    • Se tiver necessidade de ter as mãos ocupadas, experimente fazer malha ou fazer uma paciência com cartas;
    • Pense naquilo em que quer gastar o dinheiro que vai poupar por não fumar. Ofereça presentes a si mesma!
    • Sempre que possível use locais para não-fumadores em espaços públicos;
    • Pergunte ao seu médico ou enfermeiro onde poderá ter apoio para deixar de fumar.


    Álcool

    Tal como a nicotina, também o álcool é transmitido através da placenta à circulação sanguínea do seu bebé e daí ao seu cérebro, o qual, por ainda não estar completamente desenvolvido, é muito mais vulnerável. 
     


      
    Drogas

    Quem tomar drogas ilegais durante a gravidez, como a heroína, a cocaína ou as anfetaminas, estará a colocar em risco a vida do bebé. Ao fazê-lo aumenta bastante o risco de sofrer um aborto ou de ocorrer um parto de um nado-morto. Poderá também acontecer um parto prematuro ou o bebé, depois de nascer ter o “sindroma de privação”, também conhecido por “ressaca”. Logo que a gravidez seja assumida, informe o seu médico acerca do tipo e quantidade de drogas que consome, bem como desde quando tal acontece. Juntamente consigo, o médico ponderará se deve submeter-se a uma terapia de substituição de drogas ou a abstinência total. 

    (Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)

    Desenvolvimento Intra-Uterino

    Desenvolvimento Intra-Uterino


    A PLACENTA

    A placenta está ligada ao cordão umbilical e este ao embrião, ela fornece ao embrião oxigénio, nutrientes, anticorpos e produz hormonas. A função do cordão umbilical é levar da placenta água, alimentos e sais minerais do sangue materno ao embrião bem como as excreções embrionárias para o sangue materno. Apesar destas trocas de substâncias o sangue da mãe e do bebé não se mistura.


     

    O SACO AMNIÓTICO

    É um saco que contem um líquido aquoso que rodeia o bebé no útero. Ao flutuar neste líquido o bebé fica protegido da pressão exercida pelos órgãos internos, de choques e mantém a temperatura. Perto da hora do parto esta bolsa rebenta.
    Há factores que podem influenciar o bom crescimento fetal:
    1. Má nutrição da mãe
    2. Álcool e abuso de drogas
    3. Tabaco
    4. Medicamentos
    TUDO DEPENDE DE SI !!!

    1.º MÊS

    1.ª Semana
    • Dá-se a fecundação (no terço médio da trompa);
    • O zigoto (óvulo fecundado pelo espermatozóide) percorre um caminho até chegar ao útero e inicia-se a nidação (fixação do zigoto ao corpo da mãe). 
     
    2.ª Semana
    • Completa-se a nidação.
    • As células multiplicam-se a grande velocidade – há um rápido crescimento.
    • Começa-se a formar o cordão umbilical, a placenta e o saco amniótico.


    3.ª Semana
    • É o início de um período de seis semanas de desenvolvimento rápido do embrião;
    • Início da formação dos órgãos, existe já um conjunto de células que formam o pulmão, um tubo que será o coração e uma massa que será o sistema nervoso central.
     
      4.ª Semana
    • Comp. 5 mm;
    • Aumentou 10.000 vezes o seu tamanho;
    • Aparecem dois grandes círculos escuros nos pontos onde se formarão os olhos. 
     


    2.º MÊS
    5.ª Semana
    • Começa a desenvolver-se a forma básica humana;
    • Surgem duas saliências que originarão os braços e pernas;
    • Já se visualizam os locais onde surgirão os olhos, os ouvidos, o nariz e a língua;
    • O cordão umbilical está completamente formado.
     
     
    6.ª Semana
    • Comp.: 13mm;
    • O coração começa a bater;
    • Começam a formar-se os músculos sobre os quais cresce a pele;
    • A cabeça do embrião está a formar-se;
    • Os membros estão a desenvolver-se rapidamente;
    • O aparelho digestivo começa a desenvolver-se.

    7.ª Semana
    • Comp.: 15 mm;
    • Peso: 30 mg;
    • Já se formaram as pálpebras, embora continuem fechadas;
    • Os dedos das mãos e dos pés começam a desenvolver-se. 
      
    8.ª Semana
    • Comp.: 20 mm;
    • Peso: 1 g;
    • O embrião passa a chamar-se feto;
    • Começam a definir-se os traços humanos na face;
    • Todos os órgãos internos estão formados;
    • O feto começa a movimentar-se;
    • Os braços e as pernas são completamente visíveis;
    • Os dedos das mãos distinguem-se;
    • Os olhos, nariz, boca e orelhas já se distinguem.

    3.º MÊS

    12.ª Semana
    • Comp.: 75 mm;
    • Peso: 18 g;
    • A cabeça é grande em relação ao corpo;
    • Começam a desenvolver-se as unhas e os dedos estão completamente formados;
    • Os órgãos genitais externos já estão formados e conseguem-se diferenciar;
    • O feto adquire cada vez mais o aspecto humano.
     


    4º MÊS

     
     16ª Semana
    • Comp.: 15 cm;
    • Peso: 114 g;
    • O ritmo cardíaco do bebé pode ouvir-se com um aparelho de ultra – sons;
    • Os músculos estão cada vez mais fortes;
    • Os braços, as pernas e as articulações estão completamente formados;
    • Já se movimenta vigorosamente mas a mãe nem sempre o sente;
    • O feto já intercala períodos de sono e alerta;
    • O feto está coberto por um pêlo curto e fino, as pestanas e sobrancelhas começam a crescer.
     
    5º MÊS

    20ª Semana
    • Comp.: 25 cm;
    • Peso: 340 g;
    • A cabeça e o resto do corpo já são proporcionais;
    • A mãe sente o bebé a movimentar-se;
    • O cabelo começa a crescer.
     

    6º MÊS

      24ª Semana
    • Comp.: 32 cm;
    • Peso: 570 g;
    • O feto pode ter soluços, tossir e chupar o polegar;
    • Os olhos aparecem como duas saliências;
    • Se nascer nesta altura já sobrevive desde que receba os devidos cuidados.

    7º MÊS

    32ª Semana
    • Comp.: 40 cm;
    • Peso: 1400 g;
    • O olho e os ouvidos tornam-se sensíveis a estímulos;
    • Está, na maioria dos casos, virado de cabeça para baixo;
    • A cabeça tem as proporções que apresentará na altura do nascimento;
    • A mãe sente facilmente os movimentos vigorosos do bebé. 
     

    8º MÊS


     
    36ª Semana
    • Comp.: 45 cm;
    • Peso: 2800 g;
    • O feto ocupa todo o útero e a mulher sente os seus movimentos com mais intensidade;
    • As unhas crescem até à ponta dos dedos;
    • Nos fetos do sexo masculino, os testículos descem de dentro do corpo;
    • Já existem contracções indolores. 

    9º MÊS

    40ª Semana
    • Comp.: 50 cm;
    • Peso 3000 g;
    • O feto está completamente desenvolvido;
    • O Vérnix e o lanugo praticamente já desapareceram;
    • O feto é sensível à luz, sons, agitação externa, sensação de fome e vontade de dormir;
    • A bexiga está novamente comprimida;
    • Continuam a existir contracções indolores.
     
    (Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)

    Estilos de Vida durante a Amamentação

    Estilos de Vida durante a Amamentação
    SONO E REPOUSO SÃO DOIS DOS "PONTOS CHAVE" PARA UMA BOA AMAMENTAÇÃO


    ALIMENTAÇÃO

    Pode comer de tudo sem excessos!
    • É importante que a mãe tenha uma alimentação variada e equilibrada;
    • Se a mãe achar que determinado alimento faz mal ao bebé, deverá evitá-lo durante algum tempo. Mais tarde, pode experimentar comer esse alimento em pequenas quantidades.
    • Os alimentos que ingere têm, primeiro, de ser digeridos e absorvidos pelo organismo da mãe antes de passarem para o seu leite. Este processo demora entre 2 a 6 horas.
    Alimentos que deve evitar:
    • Chá preto, café, chocolate e refrigerantes e alguns medicamentos para as dores de cabeça, constipações e alergias (contém cafeína);
    • O álcool deve ser evitado porque passa através do leite para o bebé;
    • O tabaco é desaconselhado durante a amamentação, pois a nicotina passa para o bebé através do leite. Parece também haver uma ligação entre a inalação passiva do fumo de tabaco e a síndrome de morte súbita infantil;
    • Não há alimentos que façam aumentar a produção de leite. Só a sucção do bebé é que poderá aumentar essa produção.
    Alimentação sugerida:
    • Faça uma alimentação variada;
    • Refeições pequenas e frequentes;
    • Beba bastantes líquidos: leite (meio litro por dia), água ou sumos naturais;
    • Coma hortaliça e fruta, carne, peixe ou ovos, pelo menos uma vez por dia;
    • Continue a tomar as vitaminas, que tomava durante a gravidez, desde que tenham sido recomendadas pelo seu médico. 
      

    EXERCÍCIOS PÓS-PARTO

    Recupere a sua forma física:

    • São exercícios simples e extremamente importantes para fortalecer a tonicidade muscular;
    • Ajudam a recuperar a forma física rapidamente e com segurança, após o parto.


    SONO E REPOUSO

    É fundamental que durma o suficiente nos dias a seguir ao parto. O descanso é importante para que se mantenha saudável e bem disposta.

    Sono/Repouso: são dois "pontos chave" para uma amamentação bem sucedida.
    • O seu sono nocturno vai passar a ser interrompido pelo bebé, que precisa de se alimentar com frequência;
    • Descanse bastante. Tente dormir uma sesta todos os dias, encarregando os outros membros da família de controlar as visitas e os telefonemas;
    • urma quando o bebé dormir. Tente simplificar a sua vida e aceite ajuda de amigos e familiares;
    • As saídas para compras devem ser adiadas. Peça a outras pessoas para fazerem as compras por si.
    (Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)